segunda-feira, 5 de maio de 2008

Una Escapada de Capital Federal





A apenas 1 hora em barco de Buenos Aires, a cidade uruguaia de Colónia surge como alternativa bastante aceitável e simpática para quem necessita de fugir do turbilhão citadino.
Mais que uma cidade portuária, é um porto de abrigo, tranquilo e acolhedor que me traz uma sensação de felicidade e bem-estar na exacta medida das minhas necessidades.

Buenos Aires é uma cidade fascinante, há de tudo, aliás, há demais!!! E depois também há o meu cansaço, o cansaço de absorver muita informação em pouco tempo, há as aulas de tango e uma toda uma cartelera cultural que quero sorver! Por isso sair de Buenos Aires não é fácil e exige romper com a lógica impositiva de um corpo exausto. 




Como por acidente térmico ou por complacência divina, o sol aparece e rompe provisoriamente o frio outonal. 
A pele agradece esta primavera repentina, que na verdade é apenas um pequeno prenúncio de uma outra "primavera" que está para chegar...

Entre o prazer e a preguiça, o corpo derrete-se na branca areia das praias de Colónia e entrega-se desmesuradamente à fotossíntese, com o objectivo de armazenar de energia solar para os próximos tempos.

E de repente o sol, a água por todos os lados, os passarinhos e o excesso de oxigénio existente, faz crescer em mim um extâse incontrolável.
Talvez por isso, ouço a Sandrine dizer com o seu castelhano, que tem um acento franciú muito divertido:

- Es histérrica la porrtuguesa!!!!





Para além de tudo, descubro ( para aqueles para quem esta informação é evidente, peço desde  já desculpa pela ignorância...) que a cidade de Colónia del Sacramento é bem portuguesa, com certeza!!!

Colonizada em 1680 pelos portugueses foi, durante aproxidamente 300 anos, território português, até que os os espanhóis resolveram achar que devia ser deles...

Os vestígios deixados pelos meus antepassados fazem-se notar de forma sistemática e até orgulhosa...



Enão sei se por estar há tempo sem estar perto da natureza, ou porque de facto ela aqui é impressionante e invulgar, colecciono imagens e invento histórias surreais e absurdas....


Do amor improvável entre o chevrolet e a árvore que vive dentro dele...



ou daquela árvore que ficou cor-de-rosa por osmose....


... ou de uma outra árvore que detesta quando o vento a faz perder a compostura e despentea os seus longos cabelos...



ou a história daquela outra que sem qualquer pudor,  não fazia outra coisa senão assediar cactos que por ali passavam...


outras gostam de apenas conversar com humanos, curiosas de saber como foi a missa...




e depois há outras imagens que dispensam qualquer história: 

3 comentários:

Anónimo disse...

sem dúvida que te fez bem o sol de colónia! as potencialidades de explorar à la maluca, mesmo com todo o sensacionalismo de uma revista cor-de-rosa, a história de amor entre o chevrolet e a árvore que dentro dele vivia...parecem-me suficientes para me despedir do trabalho e começar desde já a fazer um filme com bonequitos de plasticina...ou brinquedos antigos como os que o bernardo guarda na prateleira da sala. Tenho saudades tuas. dos cafés no museu do teatro. cada vez me exaspera mais esta lufa-lufa da metrópole que não nos quer deixar respirar. estou doente (gripe, mas daquelas em que me dói a cabeça e o universo.... enfim, vou beber chá de gengibre!).Aproveita o sol. dança muitas milongas. bjs grandes, muitos,muitos. ju

Anónimo disse...

Parabens!!! muchas felicidades!!! moltes felicitats!!! vejo, que o pasas mais que bem e que ves coisas preciosas!!! que disfrutes!!! um beijo enorme!!! te espero ver a la vuelta, guapi!!!

.....chá na rua disse...

Parabéns atrasados! Espero que tenha sido mais um dia em grande. Beijos.